segunda-feira, 11 de agosto de 2014

50% das crianças são mal transportadas no automóvel

Das 86 por cento que utiliza cadeirinha, apenas 51 são transportadas de forma correta. De acordo com um estudo da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), mais de 85 por cento das crianças viaja no automóvel com cadeirinha, mas apenas metade é transportada corretamente. Desde 1996 que a APSI efetua uma investigação de observação sobre a forma como as crianças até aos 12 anos são transportadas em veículos ligeiros de passageiros nas autoestradas, com o intuito de avaliar a evolução da taxa de utilização de sistemas de retenção (cadeirinha) e a taxa de utilização correta destes sistemas.

Segundo o estudo, 14 por cento do total das crianças analisadas viaja sem qualquer proteção, ao colo ou à solta no veículo, sendo que, no grupo das crianças mais velhas, dos quatro aos 12 anos, esta percentagem é ainda mais elevada.

Aumento do uso

Das 86 por cento que usa cadeirinha, somente 51 é transportada corretamente. A utilização da cadeirinha é mais elevada entre os zero e os três anos, 91 contra 85 por cento, no grupo dos quatro aos 12 anos. Relativamente a 2012, o estudo registou uma leve subida da taxa de utilização de sistemas de retenção para crianças no grupo etário dos quatro aos 12 anos, 82,1 por cento em 2012 contra 84,5 em 2013. Já nas crianças mais pequenas, a taxa de utilização de cadeirinhas desceu cerca de dois por cento, de 92,8 para 90,8 por cento.

A APSI salienta que, durante 17 anos, foi confirmada “uma subida progressiva da utilização” dos sistemas de retenção, que se acentuou entre 2004 e 2005, sobretudo no grupo das crianças entre os quatro e os 12 anos. “Desde então, tem havido algumas flutuações muito ligeiras, mas com uma tendência constante de crescimento”, salienta.

Certo ou errado?

Relativamente ao uso correto da cadeirinha, este tem-se mantido mais ou menos estável desde 2005, com algumas flutuações anuais não muito relevantes. “Infelizmente, apenas metade das famílias que transportam as suas crianças com sistemas de retenção, o fazem de forma aparentemente correta”, sublinha a associação.

*Com Lusa

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